domingo, 5 de dezembro de 2010

Esperança, uma luz que não se apaga !


Monólogo interior de uma menina de rua :
Me chamo Kim, tenho 14 anos e minha história é mais ou menos assim ;
Era verão, e tudo estava super bem, meus pais felizes e apaixonados, me davam tudo do bom e do melhor, e me protegiam como se só eu importasse para eles.
Mas como nada é perfeito e nem para sempre, meus pais começaram a discutir muito, porque meu pai começou a sair com pessoas erradas, todos os dias chegava em casa bêbado e sem dinheiro para poder comprar comida. Eu via minha mãe chorando todos os dias, rezando para que meu pai voltasse a ser aquele homem bom e atencioso pelo qual ela se apaixonou. Eu não sabia o que fazer, afinal não entendia direito toda aquela situação, mas eu não suportava ver minha mãe sofrer daquela maneira.
Meu pai chegou ao ponto de usar e vender drogas, e parecia que para ele nada mais importava; um dia ele chegou em casa muito nervoso e minha mãe chorando, desesperada disse á ele que já não aguentava mais viver daquele jeito, e sabe o que ele fez? Disse a ela que quem mandava nela era ele e que ela precisava respeitá-lo, então começou a bater na cabeça dela, na barriga, no rosto . . . com chutes, socos e tapas ; eu nunca tinha visto uma pessoa do jeito que minha mãe estava, naquele momento ao ver minha mãe naquele estado, tive vontade de matá-lo, aquilo não era meu pai, era um monstro !
Então levei minha mãe para o hospital, peguei nossas coisas e sai daquele lugar sem dar satisfações para alguém. Quando meu pai descobriu o que eu havia feito, ficou irado e começou a nos caçar como um animal; ele queria nos matar. Assim que fiquei sabendo disso, fui a delegacia e contei tudo o que estava acontecendo, dei aos policiais o endereço e os horários que ele estaria em casa. Os policiais logo bolaram um plano para pegá-lo, e conseguiram! Mas ele troxou tiros com os policiais e acabou morrendo, GRAÇAS A DEUS! ele pode ser meu pai, mas foi melhor assim, pelo menos agora ele não acaba com a vida de quem não merecia tanto sofrimento.
Minha mãe estava muito doente por conta do que havia passado; estava internada a muito tempo, e acabou falecendo.
Hoje eu vivo nas ruas fugindo de bandidos, traficantes e estupradores, sobrevivo de doações de pessoas que têm pelo menos um pouco de compaixão. Diferente de muitos que ja passaram pelo mesmo que eu, nunca usei drogas, não me prostituo, nem nada . . . apenas espero minha sorte chegar e que alguém me tire desse inferno e me ajude a recomeçar e ter uma vida digna !
Essa pode ter  sido uma história criada por mim, mas todos sabem que isso realmente acontece; só porque uma pessoa é moradora de rua não significa que ela seja uma má pessoa .
Todas pessoas que moram nas ruas ja passaram por algo complicado na vida, claro que nada disso justifica a pessoa usar drogas, roubar, vender o corpo ou algo do tipo . . . mas cada pessoa faz suas escolhas e assumem as consequências das mesmas. Não virem a cara pra quem mora nas ruas, afinal ele é um ser humano como vc, e pare pra pensar que um dia vc pode estar na mesma situação que ele, então não custa nada dar uma ajuda com um lanche, uma peça de roupa ou um simples cobertor . . . apenas tenha compaixão pelo próximo !

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